Preço da tarifa passa a ter acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kW/h consumidos
O mês de julho começou com a conta de energia elétrica mais cara para os consumidores brasileiros, com o acionamento da bandeira tarifária amarela autorizado pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Essa é a primeira alteração na bandeira desde abril de 2022. Ao todo, foram 26 meses com bandeira verde, quando não há acréscimos no valor da conta de luz. O preço da tarifa, com isso, passa a ter acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kW/h consumidos.
A Agência alega, em nota, que o motivo para a mudança foi a previsão de chuvas abaixo da média até o fim do ano (em cerca de 50%) e a expectativa de crescimento da carga e do consumo de energia no mesmo período.
“Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao inverno com temperaturas superiores à média histórica do período, faz com que as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, passem a operar mais”, informou a ANEEL.
Bandeira tarifária
Criada pela ANEEL em 2015, o sistema de bandeira tarifária é um mecanismo que aplica uma cobrança adicional nas contas de luz dos consumidores sempre que ocorre um aumento do custo da produção de energia no país.
O objetivo é fazer com que o acréscimo pague o uso mais intenso, por exemplo, do acionamento das termelétricas.
O funcionamento é simples: as cores verde, amarela, vermelha (nos patamares 1 e 2) e de escassez hídrica indicam se a conta de luz custará mais ou menos em razão das condições de geração.
Quando o sistema opera na bandeira verde não há acréscimos na conta de luz. Nas demais bandeiras, o consumidor paga um adicional proporcional a cada cor, sendo a amarela a mais barata e a de escassez hídrica a mais cara.
“Com o acionamento da bandeira tarifária amarela, a vigilância quanto ao uso responsável da energia elétrica é fundamental. A orientação é para utilizar a energia de forma consciente e evitar desperdícios que prejudicam o meio ambiente e afetam a sustentabilidade do setor elétrico como um todo”, destacou a ANEEL.
Comments